É melhor olhar para trás e ver o que já fiz ou o que quase fiz ou olhar para frente e saber que sonhos e planos tenho, pois o presente por mais importante que seja um dia já foi futuro, mas sempre se torna passado. O presente sempre está em constante mudança.
*Já capotei de bicicleta, ralei os joelhos e os cotovelos. Já joguei pega-vareta, banco imobiliário, damas e tentei jogar xadrez e war... Sempre fui chegada a livros... aliás adoro uma boa literatura! Assisti e torci pelo mocinho ficar com a mocinha no final dos filmes. Já fiz viagens inesquecíveis. Já conheci mares, montanhas, lugares lindos e feios, e percebi que o Mundo é bem maior do que eu imaginava. Já nadei com os peixes em alto mar e fiquei sentada na janela do avião olhando as nuvens. Já brinquei de esconde-esconde, salada mista, estátua, batata quente, cabra cega, passa anel, amarelinha e gato mia. Já fui medalha de ouro na natação e no handball e medalha honrosa na classe quando cursava ainda o ensino fundamental.
*
Já tive diário e respondi disparate. Já brinquei na rua e fui quase atropelada. Já vi um OVNI. Já fiz brincadeira do copo e depois fiquei morrendo de medo. Já detestei sorvete e hoje sou uma chocólatra. Já dei risada até a barriga doer. Já dancei quadrilha, fiz simpatia para Santo Antônio e queimei meu pé brincando na fogueira. Já quis e pensei em me inscrever para o BBB e ficar famosa. Já tive amigo imaginário e ainda hoje continuo falando só. Já passei trote pelo telefone, já toquei a campanhia e corri. Já errei, e me arrependi e já dei conselhos e não fui escutada.
*
Já tive sarampo, dengue, caxumba. Nunca quebrei um membro, mas minha garganta já sofreu terríveis crises e já dei um escândalo para tomar uma injeção... dói pow! Já tive pesadelos terríveis e sonhos perfeitos. Ah! E que sonhos... Eu já raspei o fundo da panela de doce, já me queimei fazendo ovo. Já deixei nissin miojo passar do ponto e já transformei pão de queijo em brigadeiro. Rá! Já caí de patins, pintei um quadro... eu juro que não sei o que foi, mas eu pintei!
*
Desenhei uma casa, plantei uma árvore e tentei escrever um livro, que não passou do primeiro capítulo. Engraçado... alguém já me disse que para o ser humano ser pleno ele precisa ter alcançado três objetivos na vida: Plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho! Só me falta o filho... Já tive medo de escuro e hoje tenho medo de altura. Já chorei ouvindo música. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobrir que elas deixaram marcas difíceis de esquecer. Já subi em árvore para ver a paisagem e me isolar das pessoas e também já fiz arvorismo.
*
Já conversei com plantas e animais e quis ser uma árvore. Já pensei em me casar e ter filhos, já hoje, esse sonho inexiste..., pois, “a paixão é o caos”. Já me fantasiei de bruxa, de Mollin Rouge, de grega, havaiana, princesa (definitivamente, com essa eu não me identifiquei ) e já voltei no tempo sendo uma legitima dona de casa dos anos 60. Já fiz juras eternas. Já pensei em me tornar poliglota. Já corri para pegar a bola de fogo. Já tive crises de ciúmes. Já briguei com amigas, só para descobrir como elas são importantes, já em outros casos, nem tão importantes assim.
*
Já tive diversas trilhas sonoras na minha vida, aliás, a minha vida é uma trilha sonora. Já chorei sentada no chão do banheiro. Já fugi de casa pra sempre, e voltei quando estava na esquina. Já pensei em morar só, mas acabei dividindo uma casa com 75 pessoas. Já contei estrelas e acreditei que quem apontasse para elas criaria verruga. Já fiquei sozinha no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só [é bem clichê, mas está valendo] e descobri que a pior solidão é a solidão a dois. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, e um nascer do sol magnífico. Já atrapalhei um roubo sem querer. Noossa foi hilário!
*
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar e já me perdi diversas vezes e continuo me achando e me perdendo, pois a vida é esse jogo. Já tremi de nervoso. Já pensei que eu ia morrer e quase ia morrendo algumas vezes. Meu anjinho tem um trabalho enorme comigo!! Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
*
Já chorei em despedidas e descobri que tive grandes amigas. Já pensei em desistir de tudo e virar hippie, quem saaabe!
*
Descobri que as pessoas são diferentes e que seria muito chato se todos fossem iguais. Descobri que vida é mesmo um ir e vir sem razão. Descobri que eu não tenho a certeza de nada [...]
E tudo isso foi um dia desses...
E é por isso que eu sou adpta da filosofia de vida... CARPE DIEM!! É preciso ser intenso como se fosse o último dia a ser vivido, mas sem perder o entusiasmo como se fosse o primeiro de nossas vidas.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Vida para sempre Secas?
70 anos de Vidas Secas
“Na planície avermelhada,
os juazeiros alargavam duas manchas verdes.
Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro,
estavam cansados e famintos.
Ordinariamente, andavam pouco,
mas como haviam repousado
bastante na areia do rio seco,
a viagem progredira bem três léguas.
Fazia horas que procuravam uma sombra.
A folhagem dos juazeiros apareceu longe,
através dos galhos pelados da caatinga rala.” [...]
os juazeiros alargavam duas manchas verdes.
Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro,
estavam cansados e famintos.
Ordinariamente, andavam pouco,
mas como haviam repousado
bastante na areia do rio seco,
a viagem progredira bem três léguas.
Fazia horas que procuravam uma sombra.
A folhagem dos juazeiros apareceu longe,
através dos galhos pelados da caatinga rala.” [...]
Reprodução da capa da primeira edição de Vidas Secas,retirada do sítio www.graciliano.com.br/artevisu04m.html
*****
Durante todo o mês de novembro, os Centros Culturais Banco do Nordeste de Fortaleza e Cariri irão homenagear os 70 anos de Vidas Secas, obra de Graciliano Ramos. Publicado pela primeira vez em 1938, o livro, considerado um dos mais representativos do regionalismo brasileiro, ganhou proporções internacionais chegando a ser traduzido para francês, inglês, italiano, russo, tcheco, polonês, alemão, espanhol, húngaro, búlgaro, romeno, finlandês e holandês.
*
Vinte e cinco anos depois de lançado, Vidas Secas chegou ao cinema. Pelas mãos de Nelson Pereira dos Santos, que soube traduzir em imagens o espírito e a essência do livro. Se Vidas Secas não for o melhor livro de Graciliano (e existem os que acham que sim), certamente, é o melhor filme de Nelson.
Vinte e cinco anos depois de lançado, Vidas Secas chegou ao cinema. Pelas mãos de Nelson Pereira dos Santos, que soube traduzir em imagens o espírito e a essência do livro. Se Vidas Secas não for o melhor livro de Graciliano (e existem os que acham que sim), certamente, é o melhor filme de Nelson.
Vidas Secas é uma obra que busca sensibilizar o leitor para as causas sociais, utilizando como instrumento a palavra escrita. Típico de Graciliano Ramos, famoso por retratar o estigma da seca e as mazelas do nordeste brasileiro. Ler Vidas Secas é conhecer um pouco do sertão nordestino e conviver com Fabiano e sua família, questionando o porquê de tanta injustiça social. Além disso, mostra uma história que continua latejando na literatura brasileira, como uma ferida aberta pela miséria e pela seca no sertão nordestino.
Intitulado “Vidas para sempre Secas?” o evento multimídia, que homenageia a obra de Graciliano Ramos, surge com a pretensão de criar uma interação entre o mundo daquela família de retirantes e a atualidade, propondo uma discussão da realidade. Serão vidas? Para sempre seca? ou Seca para sempre? O evento conta com oficinas de leitura, leituras guiadas, exposição temática e bibliográfica, mesas redondas, seminário avançado, exibição de filmes, documentários e depoimentos.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
* Construção *
Em breve neste blog, uma pílula de cultura e
conhecimento todos os dias. Uma miscelânea sobre os mais variados assuntos que
envolvem a música, a literatura, a dança, o teatro e o cinema. Histórias,
comentários e dicas super bacanas aqui! Divirtam-se e informem-se!
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